A audiência de conciliação é um dos momentos em que as partes podem tentar um acordo, sem deixar que a decisão fique nas mãos do juiz. É fato que a audiência de conciliação, seja ela na justiça comum ou nos juizados especiais, pode ser bastante simples. Ainda assim, alguns cuidados são necessários. Veja abaixo sete informações importantes para você guardar e aplicar na prática:
1. O básico, mas essencial, não se atrase: esteja a postos 10 minutos antes do horário agendado; isso significa também estar preparado com o documento de identidade em mãos, que será solicitado na audiência. Se for uma audiência virtual, teste o link horas antes, dessa forma qualquer problema poderá ser resolvido a tempo;
2. Não discuta o mérito: você não precisa contar toda a sua história, isso já foi feito pelo seu advogado na petição inicial. Assim, não há necessidade e não será esse o momento de apontar quem está certo ou errado. Advogados e partes devem evitar essa falha. Se não há acordo, simplesmente diga "não há acordo" ou "não aceito essa proposta";
3. Fale com o seu advogado: pode parecer óbvio, mas muitas pessoas não conversam com os seus advogados por vergonha ou receio de perguntar o que não sabem. O advogado deve ser alguém de sua confiança, ele estará te dando suporte nas audiências ou fora delas;
4. Equilíbrio emocional: é difícil, mas vale a pena tentar. Ainda que não seja fácil, entenda que se a outra parte estiver com intenção de guerrear, manter a calma lhe trará enorme vantagem;
5. Fique atento às situações estranhas: o seu advogado é a melhor pessoa para te instruir, mas caso isso não aconteça você mesmo poderá observar situações que não podem acontecer, entre elas: (i) o conciliador tenta te forçar a fazer um acordo, mesmo sem a sua vontade; (ii) o advogado da outra parte está dirigindo a palavra diretamente a você; nesse caso é melhor que ele fale ou faça perguntas por intermédio do seu advogado ou do conciliador;
6. Conciliação em momento posterior: caso não haja acordo na audiência realizada, o processo continua, mas nada impede que você, por meio do seu advogado, ofereça propostas e tente um acordo durante o processo. Essa mudança de postura e vontade de chegar a um consenso só trará benefícios para as partes, advogados e judiciário;
7. Não tenha receio da presença do conciliador: pode ser que você tenha a sorte de se deparar com um conciliador que aplique as melhores técnicas; outros, não. Isso é normal, mas, acima de tudo, você pode se sentir a vontade com a presença do conciliador. Ele é alguém imparcial (neutro), ou seja, não toma partido em uma discussão. O seu papel é conduzir as partes para um acordo; não será ele o responsável por avaliar a sua proposta ou julgar o caso.
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